À uma flor merecida

Sabe
àquela lua que vem aprece e logo se esconde

Depois
se mostra outra vez

Sabe
aquele sol primeiro que reflete na flor te trazendo o dia

Lembra
do sol se indo, partindo e deixando ar de saudade

E
àquela flor que desabrochou dentro do nosso jardim

É
que em tudo o teu amor está em mim

Por
vezes se esconde procurando o melhor ângulo para me espiar

Procurando
o melhor reflexo para refletir

Exalando
essências tuas em mim

Lembra
quando sentia a minha presença

Um
vulto, um olhar, um jeito…

Era
o nosso que anunciava o nosso encontro

Por
vezes eu te vi sem de enxergar

Outras
vezes sonhei em te amar

O
que sei é que ainda lembro daquele vento soprando na porta de casa

Quando
disfarçávamos para ninguém perceber a nossa sintonia

Por
vezes, isso me dava agonia, esperar o tempo passar para outra vez te encontrar

Tudo
isso não passou, pois ficaram essências tuas em mim

Da
mesma forma do aroma da minha flor que vinha daquele jardim

 Nilson
Ericeira