Vou vivendo
e desenrolando novelos
Fios da
vida, sobrevivendo
Lembranças
de amores partidos,
repartidos,
divididos, paridos
É que eu
vivo tecendo malhas
Fazendo
redes e nós
Nem
termino uma, logo dou sequência em outras
Por
vezes as lanço no mundo feito laço
Frustro-me,
alcanço, faço e desfaço
Mas me
enlaço em laços, nos braços, abraços
Faço da
minha vida umas malhas
Pois
vivo tecendo malhas, fazendo pontos, produzindo redes
Acho que
sou um tecelão de letras!
Junto-as
para combinar o que nem sempre combina
Ando não
direção do amor
Portanto,
vivo a fazer malhas
Sou
‘entralha-dor’, dissimulado
Por
vezes no limbo
Outras, no
limo
Ou mesmo
no lixo
Num
nicho
Com fio
faço versos, escrevo contos, encontro pontos…
Vivo num
emaranhado de fios, em teias, preso em redes
Então,
vou soltando fios, fazendo malhas
E nós!
Nilson
Ericeira
More Stories
Pedro, feliz aniversário!
Biografia em imagens
Nilson Ericeira comenta: ‘O dia em que a terra parou…’