Elos perdidos…
Descabido mundo que não me cabe
Por isso vivo a criar nichos
Tirar versos que nem sempre me cabem
Vivo no meio do lixo
Ainda bem que avisto flores
Pois nos intoxicamos uns com os
outros
À deriva e incertos
Pois inacabados que somos
O ar ‘putrefático’ já não nos escapa em
apenas um orifício
Os homens, croaca
Assim, não sentirei faltas dos que me
abraçam sem fazer questão
Permito-me abraçar por quem de fato
me ama
Vivo a observar fatos, inócuos,
talvez
Ainda assim, em súplica, peço-vos,
não nos desunamos
Humanos, uni-vos
Pois há muito desnudados, desumanos
Nilson Ericeira
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