Arari Amor eterno

Eterno Amor,

Arari,

Te amarei sempre e

Eternamente.

E, quando,

Na eternidade estiver,

Construirei a mesma cidade,

Com as mesmas pessoas,

As mesmas coisas,

O mesmo Rio,

O mesmo bairro,

Numa cidadezinha igual a ti…

 

Minha Arari,

 

Não divido esse Amor

E quando eu me for,

Vou para dentro de ti,

Da tua terra,

E só o vento me trará a ti.

Meu pensamento me leva a ti.

Em ti.

Mas eu sei,

Que não sentirão falta de mim:

Os indiferentes ao povo.

Estes não sentirão a minha falta.

Deste opositor convicto

E esperançoso de um dia,

Quem sabe, os tempos mudarem.

 

Amada terra!

É assim Arari em mim.

 

De ti,

Terra querida!

Só amor brota

E inspiração não cessará em mim…

 

Arari é

Dentro do meu ser

A minha água,

Meu sangue,

Peixe,

Pão

E vida!

 

Arari

Torrão altivo da Baixada

Nas sombras dos arizeteiros

Que agora não fazem mais…

 

Sardinhas,

Piabas,

Pacus

Juritis…

 

 

Tua flora,

Tua fauna,

E teu tempo

É Deus dentro de mim.

 

Arari,

A ti, terra querida!

O sangue e pulsar das minhas veias,

Os meus segundos e suspiros de vida.

Te dedico os meus passos,

O meu compasso

E os poemas que a vida me fez,

Esperanças enfim.

 

Arari,

És a inspiração de poetas

De anônimos também.

 

Arari,

Me vejo em ti,

Vejo-me em tudo de ti.

Nas ruas, becos e rios

Mas ainda continuo sorrindo

Nas rodas de fim de tarde

E das rodinhas de amigos

Que assuntos não faltam jamais.

 

Arari,

Eu sei que vou para dentro de ti

Ao teu encontro

Mas já estás em mim

Só pararei em teus córregos,

Regatos,

E furos

Em teu leito

Farei ondas de Amor dentro de ti.

 Nilson Ericeira