Ego delirante

Meu
eu tão pequeno e frágil

De
caminhos incertos

De
discursos vazios

E
de uma gente vã

Meu
eu por vezes não me escuta mais

Não
me percebe

E
não sente

De
tão estéril que sou

Acho
que me alastra um desamor

De
tanto chorar não há lágrimas

Da
rocha que estou

Mas
sou perene

E
me toca o sol

Me
dá gosto o sal de amar

E
o doce da vida

Meu
ego ferido por não ser único

Sozinho
no mundo e ser minha própria ilha

Que
maravilha seria se eu soubesse dividir

O
pão

Pois
o que restará, faltará na mesa de irmãos

E
se coubesse em mim amor e compreensão

Que
bobagem, a vida não é assim

Nem
só do perfume que esvai daqueles jardins

Ah
me perdi na vida procurando alguém para amar

Se
o amor está em mim pra que sair para procurar

Espere
um pouco que ouço o som ressoar

Deve
você me procurando em qualquer lugar

Então
grita meu nome bem alto que deva escutar

E,
pensar, que o amor está em mim,

pra
que sair pra procurar

 Nilson
Ericeira