Todos os dias de minha vida em ti
me vejo
Vejo-me correndo ruas, pulando poças de lama
Com passadas que não cessam
Com o amor do infinito
E desejo ardente de ti possuir
Pois é dessa forma que alimento o meu amor por ti
Vendo-te e sentindo-te no meu ser
És a minha menor e maior parte
O meu todo em essência
Se eu fosse escultor, pintor, arquiteto…
Te faria com as pedrinhas de amor
Com argamassa do querer bem
E nunca deixaria alguém Te machucar
Sujar a tua água, matar a tua natureza, beber de
teu sangue…
mas te derramaria em mim com as tuas águas
e me enxugaria no teu amor
Assim, vejo-me parte e todo
Quando sou filho te venero,
escuto-te
e te obedeço
Quando pai, ensino aos outros o que é tempero da
terra de amar
Por isso, eu me declaro amante,
amante do próprio amor indexo, conexo e viril
É que eu acho que todos os dias eu rego as tuas
flores
Irrigo os teus canteiros com nutrientes do meu amor
Mas seis que meus irmãos ararienses assim se sentem
também
Nilson Ericeira
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