Açoite II

Apertar a forca dos pobres
Há camisas de força sobre eles
E insistimos indiferentes
Nus de sensibilidades
Travestidos de bons
A taca arde no corpo e dói na alma
Somos filhos de um país párea
Que asiste seus filhos com assistecialismos baratos
Enquanto pesa no bolso a ausência de moedas
O povo rói os ossos
Vivem das sobras da far
tura dos ricos
De dia aceites, açoites…
Somos um escravos da nossa própria ideologia
Pois não há pensar com fome
Sou um adúltero de meu próprio destino
Nilson Ericeira ñ