Olhar lírico

Olhar lírico

Risos
e trejeitos

Vida

Assim
tão silenciosamente a encher

Igual
maré que não cessa

Eu,
navegante

De
amor, por teu amor, suplico

E
na direção do tempo,

vejo-me
à deriva

Enquanto
captava a cena

Alaguei-me…

E
sobrevivente sou de um amor que não se fez

Está

Então
sigo sina minha só

Mesmo
que em solidão compartilhada

Por
teu amor suplico

E
lanço redes, olhares sobre teu ser

Mesmo
que imaginariamente um demente

Mas
por favor, não me deixe à deriva

Sem
que do teu amor, convivas

E
o que faz um poeta em solidão

Busca
a sonorização dos sons do coração

Por
isso declaro meu eu lírico

Para
te guardar em mim para sempre

 Nilson
Ericeira