Com quem nos relacionamos!

 As
pessoas nem sempre precisam de bens materiais e também não estão sempre à
procura de favores. As palavras servem de sementes, pois, por vezes, precisam
de uma palavra amiga ou mesmo de uma orientação.


A
frutificação da vida é o amor e o afeto que sentimos pelas pessoas. Pessoas
boas não se medem pelo que têm ou pelo que não têm. Aliás, esta é uma aferição impossível.

Penso
que algumas pessoas se afastam das outras entendendo que conquistaram alguma coisa
do ponto de vista material e as pessoas se aproximam para pedir! Mas esta não a
regra: a maioria das pessoas querem afeto e atenção. O ter e o pertencer são
diferentes. A vivência e convivência também. A relação para ser fértil e boa
deve ser fundamentada na abstenção de interesses materiais. As pessoas
interessam muito mais que as coisas.

Sempre
haverá tempo para reflexões e mudanças de posturas, mas primeiro temos que sentir
ser tocados e levados para o bem.

Entendo
que quase todos nós conhecemos pessoas que há nos não se aproximam de parentes
e amigos. Em um e outro caso há motivos aparentes, mas boa parte ausenta-se,
pois não quer ser importunado de seu mundo de egoísmo. Precisamos entender o
outro para que possamos entender a nós próprios. Nossas atitudes devem deixar
bem claro que o nosso único interesse é o ser humano independente de seu papel
social e sua condição financeira. E mais, precisamos saber não nos admirar do
que é do outro, pois o que é nosso sempre terá valor muito maior.

A
solidão, algumas vezes, é construída para o futuro, um investimento em longo
prazo. Nós somos os depositários. É preciso olhos para nós próprios.

A
verdade é que devemos saber nos relacionar com as pessoas, pois às vezes
perdemos quando nos distanciamos das pessoas sem
motivo aparente. Percebe-se
que algumas pessoas começam a se incomodar com a presença de outros como se
aquele agente estivesse na espreita para lhe pedir algo! Mero engano, pessoas
boas não se mede pela posse e pela posição social, pessoas boas e amigas são
aceitas pelo coração.

Por
fim, eu penso que deixamos de conhecer a essência das pessoas quando
prejulgamos. Erramos com o nosso interior quando, ao deduzir coisas prontas,
não nos permitimos à oportunidade de conhecer a essência.