A nobreza e a grandeza de nossos gestos com quem precisa de nossos abraços

 Acolher
sem a pretensão de colher, eis um sentimento de solidariedade que precisamos
alimentar em nós A não ser que pensemos no isolamento social como prática de
vida.

Penso
ainda que a nobreza, a grandeza de nossos gestos e o tamanho da nossa
solidariedade são atitudes que não aferimos a olhos nus, pois frutos da nossa
manifestação interior. Dá ouvido a nós mesmo é escutar nossos corações. Antes
precisamos nos permitir ou exercitar o amor ao próximo todos os dias.

Há
que se fazer mais e a cada dia deixar fluir o sentimento de amor ao próximo
manifestado naquilo que podemos fazer uns pelos outros. Quem não se comove com
a dor alheia é porque já há muito adoeceu em si mesmo.

Vejo
que não são poucas as pessoas que passam por necessidade de ter o básico para
levar comida e um pouco de conforto para os seus afins. Contexto em que não há política
de inclusão em voga, o que há são apenas paliativos. E como sabemos, paliativos
não resolvem, mas amenizam. De todo não é ruim, mas não deveria ser uma praxe
pública.

Nós
precisamos cuidar uns dos outros por afinidade e humanidade de cristãos, mas
cabe ao Estado não nos permitir chegar ao estado de desolação. A pobreza
material nos humilha e nos coloca em condição de subjugados. E todos somos uns
tremendos filhos da pátria!

Sabemos
do mesmo modo que cabe ao Estado idealizar, disseminar e executar políticas de
inclusão de todos… Pois é chegado o momento que a ‘política pública’ chega
por meio do imediatismo político. Mostra-se, com clara evidência, o que não se
faz num período maior de gestão. (política pública como substantivo comum em
vez de grafá-la com maiúsculas em sua inicial)

Com
gestos da gentileza e generosidade com a verba pública, além da humilhação que
sofremos, fica igual uma ferida em nós, a humilhação. Ou não?

Ainda
assim, precisamos ter consciência crítica de que ninguém nos dá nada em período
algum, apenas nos devolve em forma de alguma ação. Seja pelo clientelismo, seja
pela verdadeira ação pública.

Não
ficamos por aqui, apenas adiamos um novo diálogo.