Nossas diferenças: o melhor de nós!

Há algum tempo tento
melhorar minha escrita, não obstante desejar que ela sirva para alguma reflexão,
contudo, sei que nada sei. Talvez por isso não me ponha na vitrine dos
hipócritas ou mesmo nos seres autossuficientes e de egos inflados.

Quem tudo sabe não sabe
nada, assim não bebe na fonte dos que socializam conhecimento.

Penso que se eu conseguir
que um ou dois leiam meus textos já conseguir alguma força persuasiva no
sentido de que possa contribuir com outras pessoas. A minha vida sempre foi
assim: ajudando e sendo ajudado. Em tudo que paro p
ara conversar com as pessoas
estabeleço uma interação comigo e com os outros. A primeira nasce de uma série
de valores que busco em mim para que possa melhorar avaliar o que fora dito,
mesmo com o máximo cuidado para não estabelecer prejuízos ou preconceitos. A
minha principal anormalidade eu entendo que talvez seja não ficar quieto mesmo
com aparente inércia.

A segunda interação é
literalmente buscando o entendimento do que quer dizer o outro. A partir daí a
conversa segue comigo mesmo.

Sempre peço ao Criador
para que nunca me sinta acima do bem e do mal e que tenha capacidade de me
indignar com a mesma intensidade que tenha de resignar. E sigo observando as
coisas do meu tempo, perplexo com tantas certezas de alguns que afirmam mesmo
que nada tenham estudado, pesquisado ou mesmo se informado de alguma maneira a
respeito do assunto. De igual modo causa-me igual admiração e até tristeza, por
quantos sãos os fãs e seguidores de quem prega a violência, a insubordinação, a
desigualdade e o desrespeito profundo às diferenças. Mais triste ainda fico
quando tudo isso é usado como se tivessem a permissão de um ‘deus’ (deus de
valores contraditórios – grifo próprio).

Contudo sei que somos
indivíduos em permanente formação e construção, portanto, seres inacabados. Por
vezes nem mesmo o sofrimento nos faz mais ou menos humildes, pois acreditamos
que a conveniência em que vivemos vale mais que a própria justiça que nos acalma
e nos coloca em pé de igualdade de direitos. Os contrários nos são descartados.

Não é justo, do mesmo modo,
que não nos faz bem nos digladiarmos por diferenças de opiniões, mas é
fundamental que busquemos a neutralidade nos fatos que nos rodeiam. E mais,
melhor seria, fazermos autocrítica e admitíssemos nossos erros sem que se tornem
crostas no nosso caráter.  

É bom que reflitamos, pois
aquilo que nos serve e por vezes nos põe asas, nem sempre significa a liberdade
e o desejo dos outros, portanto, em algum momento das nossas vidas haveremos
de, numa análise de consciência, admitirmos que erramos e que o nosso erro
levou milhares de pessoas à injustiça e até a morte.