Uns
acessos, uns excesos
Não sei
do que falo, mas enfatizo
Não li,
não informei…
Eu
deformei, definhei, morro em mim mesmo
Ainda
assim eu sei de tudo o mínimo ou o máximo
Pois sou
um produto do meu próprio ego
Agora eu
posso dizer e desdizer as minhas verdades
São
ondas, estão na moda
Não
preciso refletir nem aprender e apreender
Sinto
que estou desaprendendo
Tudo em
mim é desinformação envelopada
Todos
temos os nossos pacotes
Tenho um
ego inflado
Não, eu
não preciso aceitar o que é correto
Eu
tenho ídolos!
E
eles falam, dizem, escrevem por mim
E
como produto que sou, seguirei inerte
Aliás,
internet’s
Eu
tenho pressa em postar
Eu
vivo ocupado, os meus dedos pensam!
Ninha
cabeça, baixa, oca, aliena-se
E
assim, eu sigo sem nexos
Atenção,
ponham-me em anexos
Ainda
bem que aqui não precisamos furar a fila
Então
que sigamos inflexíveis e cegos
Calados,
tapados, inaudíveis, insensíveis…
Pobre
tempo, pobres gentes
Nilson
Ericeira
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