Flor do acaso ou flor do tempo

 À minha
flor

Tão
bela, ainda tão menina

Ainda
esnoba seu perfume naturalmente

Entre a
relva, ventos e ventanias

Tempestades,
sinfonias

Em notas
de um amor tão essencial

Que
esbanja alegria no riso de uma face tão bela

Olhos,
nariz, ouvi-dos e boca

Fase do teu
amor em mim

Assim,
com folhas, caule, raiz, flores e frutos

E, por
vezes, em espinhos…

Essência
da minha vida

Mas uma
vida abundante: parida de amor por ti

Ó ninfa
que de tão bela, és esplêndida

Que me balança
completamente com o tocar do vento

Que
acalma minha alma já em calmaria

Ah minha
alegria, de vento em vento de vejo em curvas

Em
formação de imagens te levo à lua, luares, falares…

Ninfa e
diva de meus dias

Ainda
bem que te vejo passar…

Mesmo
sabendo que não passa,

aliás
não cessa o teu amor em mim

Não
passarás, passaradas

Que em
algazarra, coro em meu peito faz firulas

E feito o
perfume do dia, todos os dias, és a minha única alegria

Ao
desabrochar, mensagens deixa

E logo
percebo que mesmo que poesia não se fizesse

Teu amor
a refrescar a relva do meu coração

Todos os
instantes da minha vida

E assim,
o teu amor alcançaria                      

Nilson
Ericeira