As procurações outorgadas
pelo povo não os isentam do ‘fazer cultural’, um município, um estado e uma
nação não são só das autoridades que lhes representam, mas como força de
vanguarda, principalmente quando o assunto é Cultura, devemos sempre arregalar
bem os olhos, postar os ouvidos e aguçar a percepção no sentido de que ecoe em
nós o sentido de construção pelo coletivo das ações.
A Cultura de um povo é tão
importante quando à vida e a liberdade, pois patrocinam felicidades em estado
interior e exterior, proporcionando caldos culturais em regiões diferentes. Não
importa onde, qual a distância, as condições de acessibilidade e, tudo que for,
lá se constrói de modo permanente, constante e inconstante o fazer cultural,
natural por excelência.
Por esta e outras razões
que, na minha modéstia e simples opinião, não se entrega o cargo de gestor
Cultural para qualquer um, pois vai além do simplismo ou do enlatado de
retórica. Mas envolve as pessoas que alimentam e continuam suas vidas, muito
porque vivem do fazer cultural no dia a dia. A Cultura, ao contrário das
manifestações, não se permite ensaios ou arremedos, como de fato, vemos
prosperar – ancorados que são pela fantasia do achismo.
Ainda verei ser corrigido
o equívoco a que mais me deparo, o de que a Cultura se confunde com
manifestações culturais, Entendo que esta ilusão persuasiva além de intencional
é maldosa, pois aparta alguns da verdadeira visão do que seja Cultura na sua
essência e vida.
Portanto, não se devem
estender os equívocos de mercenários que muito mais levam ao sepulcro daquilo
que não morre e não morrerá, pesar do peso da ignorância sobre seu solo. E,
não, precisamos esperar as datas para celebrar a Cultura, as manifestações
culturais sim.
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