A minha penitência

Penitencio-me
por sentir saudade

Antes
não sentisse,

talvez
não me alagasse

Penitencio-me
por amar e não desdizer

Antes
não amasse,

assim
não alagaria meus olhos e coração de saudade

Por isso
ando tristonho, recordando coisas, falando só

É desse
jeito: quem ama sofre

Enfim, o
amor é uma penitência

Pois a saudade
que alaga o peito e derrama nos olhos

É a
mesma que nos consome

Então, no
ser e na alma e eu choro

E chorar
de saudade é a sensação do que emerge do coração

Por isso
me penitencio todos os dias

Mesmo
sabendo que não há como me recompor

Pois sei
que são as falas do amor

 Nilson
Ericeira