
Conto mudo
Se você vive a dar gargalhadas da dor do outro
Se é indiferente ao que passa no mundo
E se só enxerga na medida de sua conveniência
Despeça-se de si mesmo
Pois mais vale a solidão de quem é solidário
Do que a indiferença na multidão
Se você só se preocupa consigo mesmo
Abraça sem abraçar, sem sentir
Procure escutar a voz dos justos
Pois eles nuca andam sozinhos
Se encontra pretextos para não ajudar,
não se indispor
É que a sua vida humana já não está
E se o teu coração não te permitir mudanças
É porque o teu ser em ilhas
Ali, olhando para o tempo
Sem sentir, sem enxergar, sem locomoção
Pois, dentro de ti, um ser inerte
E sem sentidos…
Nilson Ericeira
(Robrielle)
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