Arari, andorinhas…

Arari, andorinhas…

Longe dos olhos

Dentro do coração fazendo morada

Dando-me asas, indo ao infinito

Criando céus, imaginado coisas

Às vezes sangrando

Deixando pegadas…

Outras vezes esnobando de tudo

Pegando porfia, beliscando águas, riscando o céu

Dentro de mim, no meu coração, a certeza do teu amor

Eterno amor, eterno querer, umbilical, por sinal

Em sinais subliminares me enxugo

Por isso enxugo as minhas lágrimas, afino asas

Aqueço o meu coração, estendo os braços

E traço novos voos…

Abraço-te, abarco-te e viajo pelo céu do teu amor

Eu sei que estás longe dos meus olhos e tão próxima de mim

Que me vanglorio desse amor

E onde eu for, o teu amor

Só o teu amor, somente, sementes…

Eis uma das razões de tanto querer

Pois sei que mesmo voando ao teu encontro,

Sei onde estás!

Nilson Ericeira