Meus passos…
Eu os sigo sem olhar para trás
Se eu olhasse me veria certamente em pleno espelho
No espelho da vida
Caminhando sozinho em multidões
Ainda assim, não abdico de abraços
Sedento que sou de amor ao próximo
Por uns caminhos assim, às vezes chorei
E choro, num soluço invisível, inaudível
É que declinei em pesos pesados demais
Levitei comigo mesmo em feridas doloridas
As cicatrizes permanecem
Ainda sangro no coração por saudades eternas
Se eu pudesse te abraçaria agora e te diria do meu amor
Mas ainda assim, caminho…
Deixando pegadas para os justos e visionários verem
Para os indiferentes não perceberem
Ah meus passos!
Sigam-me da forma que os sigo
Sem máscaras, sem ódio e sem medo
Sigo pedindo para que meus passos não me apressem tanto
Pois não tenho pressa de chagar aos céus
Quero seguir meus passos criando mundos e me pondo em caminhos…
Possa ser que um dia, alguém que não me viu
Escute meu grito
Ah meus passos, o meu grito é por justiça
Então, sigam-me…
Nilson Ericeira
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