Por Nilson Ericeira
(Poeta, escritor, jornalista, professor, advogado, psicopedagogo, advogado, especialista em Direito Previdenciário)
A beleza, a estética, os espelhos da vida…
Há pessoas que se espelham em tudo, basta que tenham um objeto reflexivo ou um corpo refletido. É que tudo, ou quase tudo na vida, ganha melhor vida, quando refletido em imagens que nos mostram ‘melhores’ até do que realmente somos!
Enganamo-nos quando pautamos as nossas amizades pela estética. Não que a estética seja de todo má, mas viver de ilusão a partir de si mesmo, pode até causar doenças.
Ainda bem que há imagens que não se formam no objeto presente, ou seja, objetivamente, mas no espelho da alma, pois advêm do coração. Isto certamente nos torna menos ‘feio’ que a imagem real, produzida nos espelhos ilusórios da vida, nos dá.
Há caçadores de clicks que, invariavelmente, mostram-se belos e plenos para as imagens de que comportam. Acontece que os relacionamentos exigem muito mais. Exigem o que os espelhos expostos nas vidraças dos automóveis e vitrines, celulares e máquinas fotográficas jamais mostrarão, pois exigem que nos enfeitemos de valores morais e éticos, pois nunca estarão ultrapassados, porque permeiam a nossa vida e caráter em construção.
A beleza é um todo, tanto que imagino que a minha imagem é incompleta se vislumbrada apenas pela minha matéria. Embora tenha sido produzida pelo Artista dos artistas, com os pinceis e apetrechos da divindade, não possuo, aparentemente, atrativos que me embelezem. Mas ainda que interiores, a minha melhor estética nem sempre está visível aos olhos comuns, mas aos corações.
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