A verdade e o falseamento dela

Nilson Ericeira

A verdade e o falseamento dela

A verdade é uma só, não há segunda verdade, o que acontece é a junção de elementos que tentam se aproximar ao máximo da verdade real.

A verdade real é o fato no momento exato que acontecera, aí só colocando câmeras na ratoeira.

Isto é bem claro quando há um ilícito. Vejamos que com a coisa pública é bem mais complexo, pois além de ser quase impossível a reprodução, o estrago, na maioria das vezes, é irreparável e coletivo.

Quando um gestor só rouba, além de cometer crime continuado e em série, causa entre outros males, a desgraça social.

E, para a nossa decepção e tristeza, não faltam colaboradores e gastadores do que é público. Isto vai muito além da ausência de vergonha, é falta de caráter de alguém que só se enxerga roubando!

Vejo que uma dúzia de colaboradores e/ou partícipes nas tramoias sorrateiras, acham-nos antipáticos e desafetos, no que têm razão, pois o melhor queijo roubado é aquele em que não há embaraços.

Vamos imaginar que em algum lugar do mundo, alguém roube, torne a roubar e drible as armadilhas da ratoeira!

É, meu caro, o costume do cachimbo faz a boca torna e, neste caso, enche os bolsos também.

Se alguém se ver aqui representado, eu juro que é só uma coincidência, não é intencional. E dizem que raios não caem no mesmo lugar mais de uma vez!