A cidade e a revolução vi-gente

Vara a noite na cidadezinha

Antes pacata,

Hoje nebulosa

É carro, é moto, é gente…

Antes carroça,

Bicicleta já fora principal meio

Hoje te atropelam

Não há sinalização, não há respeito

Não há nada

E a dignidade da pessoa humana!

O que antes era silêncio

Hoje, balbúrdia

Mas que tem a ver essa veneração tão alucinante!

Amor

Amor, apenas

Antes fosse só nostalgia

Saudade ou ‘conservadorismo’

Antes era boemia, malandragem…

Hoje, soberba

Uns ostentam

Outros sem nada

Roubam por amor!

Amor a cidade

Mas senhores, a chave do cofre da cidade já está comprometida

Uns levam

Outros elevam

Nilson Ericeira