Eu no labirinto

Curvado no meu próprio ser

Declino

Vago

E divago

Vazio por não me compreender

Vivo na mais completa face

Em disfarces

Alegórico

E de esconderijos…

Camuflo os meus dias

Na folhagem da vida

Não sei interpretar alucinações

Então, divago…

Procuro-me no meu riso sem nenhuma graça

Por caminhos sem fim…

Sigo

Persisto

Tudo e nada

Confesso-me um incompetente

Não sei decifrar esses códigos

Traço linhas

Me embaraço

Não vejo portas

Pois, a caverna

Embora persista em luz

O meu candeeiro me queima

Sou eu e meu próprio grito

E se não faz eco!

É um labirinto

Nilson Ericeira