Em a ratoeira

Se eu sou livre voarei

Refutarei

Se eu não me conformar com injustiças

Denunciarei

Se as tuas palavras destoarem dos fatos

Se tuas práticas assemelharem a ratos

Repugnarei

E assim, sem vestes estás

Pois com a moral toda enterrada na trama

Se a tua cara não treme

Pois um nu moral

Sem crédito, sem graça

Gerador da desgraça alheia

Filho ruim

Maldito sejas

E se nos envergonha com o teu cinismo

Porque vergonha já não tens

Portanto, rato não fala

Rato rouba

Nilson Ericeira