Anuviou, anunciei, dissimulei…

O meu amor

O tempo anuviou

Em nuvens escuras desço no seu da minha vida

Antes fosse um barco à deriva…

Ou uma casinha num lugar qualquer

Lá no fim do tempo…

Uma sombra desejada

E águas que me alagam…

Que molham meus olhos

Humedecem meu coração

Pois assim meu coração não anuviaria

E te prenderia em mim por todo e sempre

Mas meu céu sem estrelas e em nuvens passantes

Talvez um dia o teu amor anuncie

Antes que embrulhe na tempestades do tempo

Te digo que me redimo e viverei em calmarias só para teu amor alcançar

Assim, se vou levado pelo vento, arrastado talvez

O teu amor de encanto me seduz

Mas sei do amor que sinto lá dentro do meu peito

Pois o teu amor é luz anunciante

Caminho ‘desejante’ deste velho passante

E quem sabe um dia:

Vida em calmarias

Nilson Ericeira