Quando ser bom não basta II

Por Nilson Ericeira

Quando ser bom não basta II

Ser bom deveria ser uma tendência normal do ser humano, mas sabemos ser seres imperfeitos. Além disso, deveríamos sempre buscar a nossa melhoria em várias áreas da atividade social.

Entretanto, sabemos de igual modo, que existem uns que nem precisam de tanto esforço assim para se estabilizarem e ocuparem os ‘seus’ espaços, pois uns indicados e privilegiados do sistema. E isto se dá, infelizmente no focinho de muita gente com discurso e aparência de humildade. Uma faceta para privilegiar os seus em detrimento de uma maioria excluída, ainda que tenha capacidade para exercer determinadas atividades. Assisti a isso a minha vida inteira, e olha que já tenho mais da metade da minha meia idade. Mas nunca me conformei com isto, embora saiba que a estrutura social é feita e encrustada para esse tipo de cobertura. No Brasil, com raríssimas e honrosas exceções, não se privilegia o mérito. É nossa obrigação, até para nos resguardar e proteger, criarmos métodos de fugir da exclusão com ares de bondade. Mas bondade só para os seus! Contexto em que devemos mostrar para quem exercemos alguma influência, como o Estado é instituído e de que forma tem ‘um lugar ao sol’ sem precisar rastejar ou submeter-se aos desígnios de quem só nos humilha e nega nossos direitos. Ter conhecimento e interessar-se por ele desde os primórdios sempre foi uma razão de status e inclusão, pois o saber emancipa. Entretanto, ao que parece, mesmo com boa gama de informações, muitos optam pelo lixo da Internet. Costumo dizer que do ponto de vista material, o conhecimento é a nossa única forma de salvação.