Palavras secas

Quando eu não encontro a tua voz na minha

Quando eu não sinto o teu riso no meu riso

E quando não escuto os toques do teu coração no meu

Meu ser definha

Meu ar sem ar

E o meu coração sem amar

É ausência tua sentida

É gemido calado

E dor do amor consentida

É que és o eco do amor

O meu infinito finito

A razão do meu sentir

Sorrir, florir, consentir

Canteiros de amor e vida

Pois minhas palavras secas não têm vida

Ressentem-se na ausência do teu amor

O meu coração não produz notas

Meu ser te busca na essência das flores

Meu riso sem ti é a palidez da ausência

Pois és o eco que procuro

E é assim passo a dá sentido à vida

Nilson Ericeira