O fruto do amor se tivera
Se vez em invernos,
verões, primaveras
E no outono se fez outra vez
No ciclo da vida eu vi nascer e morrer
Tanta gente que vai e que fica
A partida dói muito mais que a despedida
As flores murcham, o amor entristece
Os dias parece morrerem
Pois é o amor que se vai
O que fica no coração edifica
Até já perdi a conta do tanto que sofri
Nem pareço ser um ser normal
Afinal, tudo é igual
Um dia a gente chora e logo sorri
Só-rimos de tudo, até do que não se tem
Acho mesmo que sou um pobre coitado
Vivo a procurar as fontes que estão em mim
E ainda me iludo com promessas de amor
Sou tão pequeno a ponto de não saber da minha estatura
E, a esta altura da vida, só tenho medo de me despencar
Pois sei que para chegar ao andar de cima não adianta só rezar
Temos que ter amor e compaixão e saber perdoar
Por isso que eu digo que a minha pobreza me levará ao abismo
Ainda bem que sou fonte e sei para onde ir
Mas se por acaso ouvir a minha voz
Procure escutar, pois eu vivo a gritar
A grita que trago comigo não está só na voz
Mas em tudo que vejo, que escuto, percebo e sinto
Não adianta disfarçar o que nem quer se negar
Nilson Ericeira
Senhor Riba, um dos tantos irmãos que a vida meu deu, com que aprendo e me aconselho. Serei eternamente grato por sua bondade, presteza e forte amizade.
Sem dúvida, uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço. Olha só como Deus me é generoso, bondoso, maravilhoso! Com esses amigos que dão voz e ressonância ao meu coração. Obrigado mesmo.