A fonte

A fonte

Que seca e que jorra

A vida…

Que flui

põe-se em abstinência

Sai do corpo

Cria asas

Poda-se

Exala, some e volta

É rio, mar, oceano

Deserto…

Sangra…

Sara e fere

É conforme disforme

Disfarça

É real

Vive de mensagens

Do dito do inaudito

É bendito

Mas sofre

É essência bruta

E rocha

Cria ninhos

Desfaz-se

Dilui-se no tempo

Ganha abraços, forma correntes…

E solidão

Nilson Ericeira