Mexe-se, bole-se, enrosca-se…
Nem fede nem cheira
O verme esperneia
Incolor, inodoro, inexistente
Assim vivem os vermes
A se alimentar uns dos outros
Para tanto, formam colônias
Nichos de vermes,
enroscados na vida uns dos outros
Promovem os eventos que lhes convém
É certo de desses males vivem
Exibem-se como que em enterros
Pois, com as bactérias,
devoram carnes humanas
De cultura, só se alimentam
Pois dela não entendem
Mas ainda assim, professoram
Coisa de tolos
Pobres vermes, pobres homens
Que de sobras vivem
Mas antes que me devorem
Digo-lhes que desgosto tenho
Porém, abomino seus métodos
Mesmo com aparência de artistas
Nilson Ericeira
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