De onde menos se espera

Por Nilson Ericeira

Poeta, jornalista, professor, psicopedagogo e advogado

De onde menos se espera

Há algum tempo tenho tido o cuidado de não promoter o que talvez não possa fazer. Pois isto implica em compromisso e posterior cobrança. Além de que compreendo que não devemos gerar falsas  expectativas nas pessoas que nos rodeiam.

Não é comum, pelo menos não deveria ser, na frente das pessoas, comportarmo-nos diferente de quando estamos sozinhos! Talvez seja somente eu que conheço e observo comportamentos assim. Não sei se o fazem pela necessidade de se representar de alguma forma, então, prometem como sempre e faltam do mesmo modo.

Tenho um grande defeito: ‘não me interesso mais pelas coisas que não me interessam’. Nem mesmo protelo, pois adiar o que nos faz mal fará mais mal ainda.

Somos movidos por sentimentos, embora nossa locomoção real seja feita pelo nosso corpo, portanto, não há quem não tenha caído um dia ‘no conto do vigário’, por assim dizer.

E adequada a máxima: ‘de quem menos se espera de lá é que vem’. Eis que nos consideramos amigos do agente! Ai sim gera a decepção. Pois não nos devemos nos decepcionar com quem não consideramos amigos, salvo engano.

É meus amigos, a alegoria, a fantasia e alegria da festa nem sempre é a mesma da vida real.

Não há humano perfeito e longe de tal pretensão, mas muito bom prestarmos atenção que tem um público crítico e observador que nos tem ajudado a abrir um pouco mais os olhos.