Hoje eu trouxe flores pra você.
Trouxe o riso estampado no meu rosto.
O aceite de meu corpo.
O azeite do meu corpo.
E o suor, adrenalina.
A denúncia na minha saliva.
E respiração ofegante.
Tudo dentro do meu coração por você irradia amor.
Amor por você!
Hoje acordei com orquestras:
senti sua presença em mim.
Colhi flores no jardim da vida.
Ofereci para você.
Só pra você, uma safra inteira da estação do amor.
Num canteiro de amor-semente.
Vi o broto, embrião, adulto, pétalas…
E me desnudei no amor com corpo e alma.
Mas logo você partiu, feriu meu coração.
Levou pedaços decompostos da minha usina de amor.
E meu coração dilacerado.
Ainda bem me recompus de encantos,
alegrias, felicidades.
Encontrei-me.
Logo verei você chegar como no sopro do vento.
No silêncio de amar e abrir as portas de meu ser.
E ver novamente estrelas guiando esse amor no tempo.
Celebrando a vida como que num primeiro estágio.
Resplandecer no céu do meu amor.
Na junção do tempo, na conjunção, conjugar querer.
E dizeres, muitos dizeres, decifração: amor.
E se molhei, plantei, reguei.
Nesse solo meu.
Fiz-me jardineiro o tempo inteiro.
Cultivei você no meu canteiro de amor.
Nilson Ericeira
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