Por Nilson Ericeira
Poeta, jornalista, professor, psicopedagogo e advogado
A comédia do dia: O irascível e o ignóbil
Disputei três eleições, duas delas para vereador em Arari e a outra para deputado estadual. Mas imaginem se eu, com os votos que tive, ficasse inconformado e resolvesse atravessar, à época, a minha bicicleta velha no meio da BR 222 ou mesmo na Avenida Dr. João da Silva Lima!
Logo bem ali, na saída de Arari com destino a São Luís e outras cidades do Maranhão ou mesmo na nossa principal via da amada Arari!
Lembro-me ainda quando andava na minha bicicleta com bandeiras alusivas às campanhas que disputamos e alguns me enchiam de estereótipos. Tarjas que não colaram. Diferentes da vida real de alguns que nos discriminaram.
É que os meus votos foram na primeira eleição, 57; na segunda, 127 e na última, 824, salvo engano.
E a minha bicicleta velha não resistiria até porque muito antes chegariam alguns amigos para me aconselharem a desistir da tal resistência.
Ainda pensei em pegar uma canôa e sair pelo Rio Mearim para resistir pela via fluvial, mas sei que dos cinquenta e sete votos obtidos ou mesmo somados com os outros, só eu estaria lá empacado em meio aos mururus! Não porque não me seriam solidários, mas porque obstruir vias e ‘contra lege’. É crime, principalmente quando além de cessarem o direito consagrado de ir e vir, com balbúrdia há agravantes.
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