Arei meu ser
Com o melhor de ti
E o melhor de mim
De nós…
Arei meu ser completamente
Enchi-me de sementes
E cheiro de algodão
Sair cheinho de amor no coração
Arei meu ser com sumo de mata-pastos
Com a relva dos teus campos
Com limo da beira do rio
Arei-me de lama da cabeça aos pés
E esperei maré
La vem, lá vem, lá vem…
Arei meu ser com uns gritos
Ecos em mim
Em nós
Com o conselhos de nossos pais e avós
Arei-me assim tão completamente
Que faço poemas da mente
Dementes…
Mas de profundo amor por ti
Oh minha cidade-céu Arari
Não morrerei sem que antes volte a ti
E, assim, encherei o meu céu de estrelas
Meus jardins de flores
Essências de ti
Eu sei que arei meu ser com a pelada na porta da rua
Com vestes ‘semi-nua’
Com comida quase crua
E me afligir com a braveza da águas do Mearim
Mas me arei com o teu amor sublime e eterno
Pois com que vestes for
Recebas sempre a minha declaração de amor
Nilson Ericeira
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