Uns elos dispersos

Hoje
conversei comigo mesmo

Renunciei
ressentimentos

Exterminei
toxinas

Oxigenei
meu coração

E
resolvi seguir…

Sem,
com isso,

Me
afastar das pessoas
Mas resolvi cuidar do meu coração

E
a cada dia mais e mais ser um ser melhor

Para
tanto, preciso me enxergar no espelho

No
espelho da vida

Que
nem sempre tem a reflexão e formação que desejamos

E,
também, saber suportar agruras sem internalizar a dor

E
na hora de sentir saudade deixar fluir

E
que, às vezes, precisamos esvaziar

Afinal,
todo o recipiente uma hora enche

E
nós não somos diferentes

Precisamos
de afeto, de amor, de respeito

De
dá e receber

Uma
troca por assim me expressar

No
meu íntimo alguém definir:

Re-tro-a-li-men-ta-ção!

É
que por vezes também esvaziamos

Como
se o mundo e as pessoas fossem todos contra nós

Vivemos
como se a vida fosse algum ruim

Que
não desejamos curtir

Tudo
isso por não sabermos lidar e enfrentar os nossos problemas

Vivemos
o paradoxo de rejeitar a vida

Quando
devemos apegar e nos agarrar nela

Da
mesma forma que desejamos os abraços que precisamos

Portanto,
vou seguir com estas e outras renuncias

Eu
sei que logo serei elos e, quem sabe,

Mas
tarde, serei corrente

Então,
segure à minha mão,

talvez
precisemos soldar nossas relações

Para
tanto, o princípio é o aceite

 Nilson
Ericeira