Cegos
são os que não entendem o óbvio.
Tolos
são os que não atentam para as amordaças.
Surdos
são os que não incomodam com os rangeres.
Pequenos
são os sem estatura moral.
Infelizes
são os doentes de consciência.
Pobres
são os que enriquecem com o que é do pobre.
Mancos e
aleijados são os que mutilam o povo.
Genocidas
são os que matam porque ficam com as verbas públicas.
Inocentes
são os que nasceram ontem.
Hipócritas
são os sem reflexões.
Injustos
são os sem piedade, sem corações.
Vampiros,
morcegos, pois se alimentam do sangue humano.
Frustrados
são os que montam fortunas as custa do suor dessa gente.
Gente
forte e gente que não vende sua dignidade.
Apátridas
são muitos políticos.
Alienados
são os sem informações, deformados.
Analfabetos
são os que lêem, escrevem,
‘têm
boas opiniões’, mas ratificam um Estado genocida.
Aproveitadores
são os compradores de votos.
Infelizes
são os que têm sua cidadania ceifada e ainda batem palmas.
Porcos
são os sem lama, mas que se misturam com o podre da corrupção.
Os
carniças são os que se alimentam da mentira como forma de projeção.
Os
invejosos são os sem identidades.
Morto é
que não reage a opressão.
Escravo
é quem não consegue se libertar de suas próprias tolices.
Doente é
quem não mede as conseqüências da sua alienação.
Feios
são os que não se enxergam, não se encontram, não se valorizam.
Prisioneiros
são os sem estado, reféns uns dos outros.
Cansados
são os ratificadores da mesmice.
Fanáticos
são os sem juízos.
Os verdadeiros
cegos são os que não têm percepção de si e dos outros.
Os
surdos-mudos são os que não escutam os outros e muito menos dizem.
Os sem
vida, são os que morrem sem perceber.
Os
mentirosos são os travestidos de moral, os imorais.
Uns
chaleiras, uns tolos, descartáveis, inúteis…
Ericeira
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