A flor e um poeta

Àquela
flor molhou meu coração

Deu
brilho aos meus olhos

E
brio ao meu ser

Deu
som aos meus ouvidos

Sensibilidade
as minhas mãos

Fez
caixa de ressonância no meu coração

Àquela
flor um dia

Trouxe
o sol que irradia

Deu
céu aos meus dias

E
galáxias em mim

Mas
ela um dia caminhou

Partiu,
feriu, ficou…

Tornou
raiz e fincou em mim

Com
ela deixou essências das flores do jardim

E,
ainda a procuro no céu,

no
brilho das estrelas

E
no brio que deixou em mim

Assim,
subjetivei, amei, deixei-me

 Nilson
Ericeira