O digladio de um tolo

A
tolice é alimento dos tolos

O
bolo do seu aniversário:

Egocentrismo

A
degustação do tolo é a sua própria tolice

Pois
se remói na ignorância

O
tolo se acha único em tudo

Mas
vive na sua própria contradição

Ao
bajular, endeusa homens falhos

Por
isso o codinome de tolo

Pois
faz da sua tolice a tolice alheia

Alienado
que o é,

sempre
se expõe ao expor os outros

É
um inimigo dos seus próprios ‘amigos’

O
seu digladio é uma inveja inata

O
que não consegue deglutir,

O
sucesso dos outros

Quer
ser o ser, a imagem e a ação dos outros

Vive
a se lamuriar

E
de lamurio a lamurio,

enlameia-se

Mas
na sua tarefa impossível,

vive
a criar e deformar fatos

No
que será que não conseguiu resolver-se?

Pois
antes de se enxergar,

contamina-se
pelo ódio

 Nilson
Ericeira