Versos pobres, versos nobres

 Versos
pobres,

versos
nobres

 

Vivo
a versar

Por
vezes confesso

Outras,
segredo

E
em vida sempre versarei

Versarei
sobre o amor

A
amizade

Solidariedade

Gratidão

Amor
ao próximo

E
coragem

Pois
abomino discrimiação

Então,
versarei

Versarei
sobre o que não sei

E
porquês…

Os
porquês da vida que levo

Da
outra de que divulgam

Versarei
sozinho,

Calado,
contido

Soluçarei

E
de saudade…

Por
isso que sempre digo que sem versar não vivo

Tergiverso
é certo

Mas
também é verso

Uns
versos sem nenhuns sentidos

Pois,
pois paridos em mim

Sei
que versátil não sou

Mas
trago e dissemino o amor

Ah
o amor!

Por
isso, faço versos

Eu
sei, são pobres

Do
mesmo molde que sou

Faço
versos em mim tão nobres

Que
confesso não ser de mim derivar

Frutos
da prole da minha parição

Coisas
do meu coração

Mas
antes eu sei desta ânsia de amar

Portanto,
enquanto vida tiver

E
teço o verso da vida

Com
amor no peito e sementes pra semear

Contudo,
meus versos são a minha biografia

Poder-se-iam
ser fotografias

A
minha cara, talvez

 

Nilson
Ericeira