As
pessoas me dão palavras
Pensamentos,
atitudes
Há
as que existem
As
que inexistem
Umas
são reais
As
outras dou forma
Parir
personagens!
Invisíveis,
existente
apenas na existência poética
No
fundo, no fundo o poeta é construtor
Da
mesma forma que faz, desmancha
Assim
vive em castelos
É
o primeiro a sentir o frescor do vento
O
toque do sol
A
singeleza da vida
Mas
ao mesmo tempo se fecha
Pois
incompreendido
Faz
da vida um sonho
Faz
do amor uma busca incessante
As
flores ele suga
Por
vezes rouba,
E
lhes fazem da forma que conviver
O
poeta é arbitrário
Pois
só obedece aos comandos do coração
Assim
vive, pondo os tijolinhos da vida em letras
E
num compasso de espera eterno
Aceita
a condição de ser diferente
Mas
ainda assim, caduca nos seus próprios versos
Os
mesmos versos que mostram suas vísceras
Os
mesmo que acórdão o seu coração
Por
isso faz de seu reverso
O
verso
Então,
versaremos…
Nilson Ericeira
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