Uns santos sacanas

Corpo
sobre o corpo

O
homem devora o homem

Eles
chacinam-se

De
almas aflitas

Corpos
esquálidos

Homens
maus

Nem
aparência de gentes

Uns
contra os outros

Despidos
de moral

Mal
fazejos, indignos

De
discursos inúteis

Vozes
voláteis

Vazios

De
inócuas falas que não levam a nada

Uns
mentirosos de mídias

Cuja
ganância os engolem

Ainda
assim, recebem aplausos

Pois
de suas falas

Seus
status

E
se nutrem da podridão

Abutres
em forma de gente

Mas
na aparência, uns santos

 Nilson
Ericeira