Ser abjeto

Aquilo
que é repugnante

No
limite do insuportável

De
difícil relação

Despido
de moral

De
voz, risos e atos contraditórios

Faculta
à podridão

Insensível

E
velhaco

Sobrevive
do sangue alheio

Mas
no seu corpo,

sangue
gelado

Corre,
isto é pois é um assalto


nem se importa com sua moral

Pois
nu de si mesmo

Mas
não se preocupa com a sua cara

Desprovido
de amor ao prócimo

Sempre
na espreita

Pois
espera a sua próxima vítima

Vive
para ser abjeto

transforma-se

Objeto
falante

 Nilson
Ericeira