A saga de um poeta

Pegar
o Sol com as mãos.

Pegar
na luz, ser oásis e deserto.

Ser
do ser e o coração.

Ser
a guerra, ser de piedade, ser de Paz.

Ser
do mundo, ser justo na falação.

Roubar
o beijo.
Matar a sede de saudades.

Escolher
inteiro e o todo.

Cortejar
a luz, amar amante sua.

Criar
musas da imaginação.

Tocar
nos seios, abrigar no corpo, e nu coração.

Contemplar
mulheres de sua paixão.

Vislumbrar
possíveis, impossíveis, imaginários sonhos.

Ser
o concreto e o enigma.

A
tardezinha e o amanhecer, Sol em pino e ao escurecer.

Ser
a asa, ser o voo.

Ser
chegada e partida, do coração.

Ser
o silêncio e unção.

Ser
demônio, uns anjos e salvação.

A
irreverência e toda oração.

O
hino, o grito, arrebatação.

Pegar
o céu com as mãos.

Encostar-se
no dedo de Deus.

Amar
o homem são.

Pedir
proteção a um irmão.

Ver-se
feliz na sua nação.

Subir
as escadas da salvação.

Alcançar
amor, desejos, sedução.

Louvar
a vida, dividir o pão.

Esperar,
esperançar-se do amor dela.

Olhar
da sua janela o mundo.

Imaginar
cenários, criar mundo da imaginação.

Ser
solidário, amar seu irmão.

Sê-de
de vida.

Sede
de água pra saciar um coração.

Sede
bandeiras, ser a luta e a aclamação.

Ser
de saga, ser os pés e o corpo,

a
cabeça da salvação.

 Nilson
Ericeira