Eco-grito II

Não me
abandonem

Sou
gente

Gente
Humana

Não me
neguem saúde

Pois eu
sou humano

Sinto
dores

Tenho
febres

Passo
fomes

Falta-me
justiça

Amor e
solidariedade

Roubam
até a nossa dignidade

Antes de
vocês

Eu aqui
há muito estava

Não tome
o meu chão

Não
matem os meus bichos

Não
derrubem os meus jardins

Não
queime as minhas flores

Não nos
intoxiquem

Não
encham de cinza o meu café

Não
neguem o meu direito à vida!

Se o meu
coração sangra

Se sinto
sede no meio do rio

Se a
minha água avermelhou

E se
definho

A culpa
é de quem não me respeita

Eu sou
gente

Tratam-me
como indigente

Agora,
vivo amedrontado

Pois a
tua ganância tem me tirado a paz

    Nilson
Ericeira