Comprazo-me
de amor por ti
Abasteço-me de ti desde as minhas ‘veias’
Adocico-me com teu doce e néctar
Dou-me em sobrevida
para te amar para sempre
E eternamente…
Enfeito-me para te
deixar passar em mim
Excito-me com o teu frescor
e gostos
E por fazeres dos meus
dias,
dias de cumplicidade e permissão
Deixo-me alegrar meu
coração, ser e alma
E me banho do teu amor
todos os dias
Pois assim é que passo
a vida
Escrevendo poemas que
de ti derivam
Reconhecendo a tua
gente,
teus filhos que no teu
berço criaste
Minha terra amada e bendita és tu
Que te enfeitas com
flores de mururu
Que te deixas alagar
com águas do Mearim
E que mesmo assim
divide e multiplica o teu amor em mim
Aliás, tu és as nossas
gerações e nossas vozes
Tu és o nosso soar e
multiplicar
Com todos de tua prole:
filhos, netos e avós…
Só me vejo velejando em
sonhos para dentro de ti
Saindo pelas mesmas
ruas e caminhos…
Correndo gritando,
pulando e alegrando-me
Admirando-me pelo que
nos representa
E de tudo, ao teu ser-pertencer
e do teu amor, viver
Oh minha terra amada!
Meu amor, meu canto e encanto
Meu alvorecer, entardecer,
viver e caminhar
Pois és o meu paraíso
pretendido
De onde emergir e para
onde quero voltar
Ericeira
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