Silêncio,
pois
As
pessoas estão dormindo
O
tempo está passando
A
dor está doendo
O
mundo intoxicado
As
pessoas estão com pressa
O
amor está esvaindo
O
sonho, pesadelo
A
febre arde no corpo
Do
meu ser, meu próprio veneno
O
homem sucumbindo
As
pessoas se mal dizendo
A
guerra irascível
O
terror infalível
A
ganância incurável
Os
inocentes desfalecendo
De
orgulho nos apodrecendo
Há
pessoas caminhando
Correndo
sem tempo
Todos
estamos com pressa
Não
há mais tempo
A
flor da vida murchou
Empalideceu,
sumiu, morreu!
Ericeira
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