A condicional

  

E se não nos habilitarmos a amar

O tempo passa

As pessoas passam

Seremos então passageiros

Se se não nos dispusermos ao abraço

A solidão, a impressão de multidões

Mas à solidão

E se não amarmos o próximo

Vida descabida

Pois um ser estéril

Se não nos permitirmos

Por certo, pessoas ausentes

Por fim, se todos os dias passarmos por nós

Sem nos olhar, sem nos perceber, sem
dialogar

Sozinhos caminhando para lugares nenhuns

 

   Nilson Ericeira