Meu tempo deserto
Há muito me fiz
Refiz-me em sonhos
Plantei outras sementes
Sofri, quase morri
Cair, levantei…
Sempre tive seres humanos que me acolhessem
Sempre, mas sentir solidão
Questionei o meu estado
E o estado que os outros dispuseram
Tranquei-me nas minhas próprias dores
Poucos sabiam de mim
Meu cárcere era o meu quarto
As minhas posses se resumiam a uma mala
Compartimentei-me em mundos
E viajei por muitos lugares
Festi-me com as cores da minha fantasia
Subir ruas, passei por becos
Tive medo de tudo
Não nunca me apartei dos sonhos
Nilson Ericeira
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