Quem
fica com dinheiro público é desumano
Entra
na máquina trituradora da vida
Prostitui-se com o que não é seu
Aparenta
ter o que não tem e é soberbo
Pobres
homens pobres que sugam a vida
Ceifam-na,
levam-na, destroem…
Que
homens
Uns
esquisitos!
Que
bebem e vivem do sangue alheio
Ainda
assim se compadecem!
Furtam,
roubam, prevaricam, esnobam
Enquanto
definham na porta dos cofres
Outros
morrem por ina-ção
Mas
mais pobres somos nós que ratificamos o caos
Passamos
procurações aos impiedosos
Que
roubam nossa liberdade, apertam a nossa barriga e nos matam
Ainda
assim nos mandam mensagens!
E,
pensar, que fazemos nossos ídolos quem nos molestam
Mas
com o tempo, tornam-se uns bons de papo
Papos
furados, engravatados e esnobes
A
eloquência de uns é o eco do inferno
Se
eu soubesse qual a cor do pecado
Eu
diria, é vermelha
De
sangue, de restos de homens estéticos
Podres
poderes que ao homem despreza
Cujas
virtudes ficam
Aos
outros, o lixo, agonia e morte
E
isto é sorte?
Nilson Ericeira
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