Pobres versos meus II

Que nada ou quase nada me foi dito
Que caiu e calou a minha voz e não respondeu aos anseios do meu coração 
Pobres versos que, em nada, absolutamente em nada, deu-me utilidade
Pobres versos, por que me silencia com os dias…
Ainda bem que nao não me tem negado pautas livres e asas…
Pois aqui ainda estou a perceber o mundo
E me dividir em mundos
Do contrário sucumbiria no meu próprio labirinto
Mas eu te pergunto, como podem avocarem do muito que fizeram?
Certamente no balanço de suas ações omitiram os humanos!
Se ainda humanos nas latas de luxo, revirando-as, sugando-as
Mas que planfetarismo barato
Que hipocrisia!
Peço-te que não me coloque em monólogos
Pois eu quero sempre ter a capacidade de me provocar em diálogos
Gostaria de ser mais limpo de alma, 
mas ela vaga num mundo subjetivo
Talvez um dia eu tenha o privilégio de lhe dá forma
Uma vez que meu ser em conflito
Pobre poema, tire-me essas algemas!
Destrave-me dessa maldade com face elegante
Dessa onda tão gentil de me aproximar do que não vejo
E me ponho a desdenhar de mim em letras
Da do fôrma a palavras soltas
E assim, escrevo no tempo em que o que passou parece volátil
Mas me espere, eu quero que sinta o calor do meu abraço 
E quanto me tenho em pretensões alheias a sintaxe sem nexo
Nilson Ericeira