De
tudo que passei,
se
errei foi por minha conta própria
De
tudo que acertei,
Se
me é pesado o fardo,
eu
próprio propus
Não
temas, eu carrego, carregarei, eternizarei
Portanto,
não há culpa e nem culpados
Há
feridas, agruras e dor
Pois
antes que me condenem,
Eu
mesmo abro a porta do meu cárcere
Pois
há muito vivo enclausurado do que me propus
Os
meus erros são meus, só meus
Na
minha partida não quero choro nem vela
Nem
mesmo lágrimas de crocodilos em cortejo
Afora
os repteis, humanos desumanos
De
tudo que aparentei, onde mas amei,
Errei,
eu sei!
Um
errático da vida
Com
flores e espinhos, tirei espinhos
Mas
me espetei
Noutras
flores busquei essências
Mas
nem sempre depurei
Errei
em contemplá-las, enaltecê-las, adocicá-las
Por
vezes em vão
Pois,
pois…
É
impossível mover um coração que não se permite
Pois
um pecador inveterado
Portanto
senhores, não há culpados
Há
um monólogo produzido em mim
Frutos
de erros e acertos
Os
últimos, escassos
Os
primeiros, abundantes
Portanto,
o que vige é o que passo
Não
é que o meu riso incolor traduz
E
de tudo que mais errei foi em procrastinações
Então,
prolatem a minha sentença
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